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quinta-feira, março 31, 2011

Mulher Objeto






Querido diário, você lembra dos belos olhos castanhos cheios de luz que me transmitiam paz e me provocavam desejo? Aqueles lindos olhos que ficavam bem pertinho de uma boquinha rosinha, carnudinha? Hoje eu conheci essa boca, e não foi uma experiência nada legal.



Hoje mesmo fiquei sabendo que ia ter festa de calourada na universidade. Ruim de mim, simplesmente não dava, ficar lá sem amigos? Como eu iria dançar, como iria beber, como iria ficar a vontade? Joana faltou, Erivaldo não queria ficar, e Paula tinha aula.


Julio, o menino dos olhinhos de anjo e da boca de deus grego, me disse que isso não era motivo para eu desistir, afinal, ele iria ficar lá, e os amigos dele também. Detalhe, todos homens! Eu fiquei meio sem graça e me senti meio uma pedra no sapato, ou quase uma sapatona, estando no meio de um monte de macho. Mas o que eu não faria para ser enxergada por aqueles belos olhos castanhos?


Meu amigo Erivaldo disse que até seria melhor assim, eu sozinha, sem amigos, para que eu pudesse ficar a vontade com Julio. Mas, eu não queria me chegar nele hoje, afinal, eu não o conheço, nem sei se ele tem namorada. E algo bem dentro, bem do fundo, me diz que ele tem, aquele jeito mais reservado, o celular sempre no ouvido...


Primeiro fomos numa pastelaria, lá comemos, e um dos amigos dele até soltou uma piada meio pesada. E outro amigo, reprimiu dizendo, “Que é isso, rapaz, olha a menina aí”. Eu não queria me sentir uma menininha no meio de lobos, e também dei risada da piada, me comportei como eles.


Depois entramos na universidade, e os amigos de Julio foram ao banheiro, uns urinar, outros escovar os dentes, outros pentear o cabelo, enfim, arrumar a cara pra ir à festa. E enquanto isso eu comecei a bater papo com Julio na tentativa de saber se ele tinha namorada. E disse, “É, te adicionei no Orkut um tempo desses”, ele disse, “como se eu não tenho Orkut?”, eu disse, “Ah, era um lá que tinha um monte de comunidades evangélicas”, ele disse, “ah, então deve ser meu mesmo, eu fiz um há muito tempo atrás”, eu perguntei o porquê de ele não ter Orkut, ele disse que é porque tirava demais a concentração dele”. Eu quase soltei, “É, a típica de desculpa de quem não quer ter Orkut porque tem muitos namoradas.”. Mas no fundo, no fundo, eu não pensei assim, Julio, tem uma cara de anjinho, de menino certinho, até pensei que não fosse rolar.


Eu prometi e cumpri, quando fomos para a festa, logo de início comecei a beber. E já tava até sem agüentar o gosto ruim de uma bebida barata, mas eu precisava ficar bêbada para ter a coragem de me chegar em Julio.


Aconteceu algo que eu não esperava, apareceu uma menina não mais bonita do que eu, ou pelo menos, não mais gostosa, e começou a conversar com Julio, e os meninos já começaram a zoar ele dizendo que ele iria “pegar” a menina. Ah, dessa vez o gole de bebida desceu seco! Eu não iria suportar, deixar de ir para minha casa, agüentar uma festa xexelenta, ficar na companhia de um monte de macho, pra ver o menino que eu queria nos braços de outra. Não, isso eu não iria agüentar!


Eu faria qualquer coisa para evitar essa situação, e fiz. Quando vi que Julio iria comprar mais uma cerveja para beber com a menina, eu fui com ele e perguntei, “Você vai ficar com essa menina, é?”, Ele disse, “Não, ou melhor, nem sei né”. Com esse “nem sei” eu deduzi que ele era solteiro. E disse, “porque eu também quero”. Ele fingiu que não escutou ou talvez quisesse confirmar, e perguntou de novo, eu disse “eu também quero”, ele disse, “quer o quê?”, eu respondi, “ficar com você”.


Quando eu falei isso, ele começou a se afastar mais da menina, e ficar mais no meio dos amigos, mais perto de mim, mas uma hora e outra, ficava perto da menina novamente. E eu ficava fazendo sinal para ele de que já estava na hora.


Quando vi que ele ia comprar mais uma cerveja para a menina, disse, “Fia, você quer cerveja, é?, ela disse, “quero sim, mas ele já foi comprar”, eu disse, “que nada, toma aí a minha”. E derramei o resto da minha cerveja no copo dela. Quando ele chegou, eu disse para ele que tínhamos que ir.


Cara, eu tava bêbada, vendo o mundo girar, e eu na verdade, nem sei ao certo para qual lugar fomos. Só sei que tinha um monte de mato e um lugar para sentarmos.


E o menino lindo da desejada boquinha carnuda e da carinha de anjo se demonstrou um verdadeiro macho tarado. Só faltou ... , é, diário, só faltou isso mesmo.


É, claro que eu gostei, foi uma delícia. Mas eu vi que Julio não era nada do que eu pensava, que ele tava mais pra capeta do que pra anjo. E pra piorar a decepção, eu cheia de cachaça, perguntei bem na hora H, “você é solteiro mesmo?”, ele disse, “não”.


Eu fiquei com a cara no chão e disse para mim mesma que o meu sexto sentido nunca me engana. Eu disse para ele, “poxa, velho, eu jurava que você era solteiro”, ele disse “é, também pensei que você sabia, porque quase todo mundo lá na sala sabe disso”.


Ele me deu prazer, mas me tratou com um objeto, apalpou meus seios, minha bunda, e até outras coisas que você pode imaginar. Teve uma hora que ele me colocou deitada no lugar onde a gente estava sentado, deitou encima de mim, me beijava e fazia uns movimentos como de quem tava transando.Eu disse, “poxa, Julio, quem passa e vê acha que a gente ta fazendo aquilo”, ele disse, “e a gente tá?”, eu disse, “é, to bêbada, mas acho que não”. Ele disse “Então pronto, eu sei que você quer”. E eu queria mesmo, e ele continuou fazendo.


E eu matei a minha vontade de ver aqueles inocentes olhos castanhos queimando de desejo e de ver aqueles lábios doces e rosas chupando o meu corpo.


Até que chegou a hora de eu ter que ir embora queria ir ao banheiro antes de ir, ele disse que tava me levando para um local que tinha banheiro, eu pensei que ele estava me levando para um local mais reservado para dar uns amassos mais quentes. É, e o local era próprio para isso. Tinhas umas lésbicas lá se beijando e eu disse, “poxa, todo mundo já experimentou menos eu”, ele perguntou, “e você tem vontade? Fique com Joana, sua amiga.”. Nesse momento, ele entregou o desejo que ele tem por Joana. Eu perguntei a ele se ele tinha, ele disse, “É, a menina é bonita, né, é normal ter desejo”. Mais uma na minha cara, diário.


Quando cheguei na saída da universidade junto com ele, vi que pela hora não teria mais ônibus para eu voltar para casa. Liguei pra minha mãe, ela disse que meu pai tinha acabado de chegar em casa, do trabalho e que iria ficar furioso quando soubesse que teria que ir me buscar porque eu perdi o horário de pegar o ônibus.


Eu me senti mal, pelo meu pai ser obrigado a sair de casa para me buscar, cansado, à noite, correndo riscos de morte no trânsito, simplesmente por causa de um pecado meu. Eu perdi a misericórdia de Deus, para que nada acontecesse com ele no trânsito.


E o idiota do Julio, ainda ficou lá comigo falando um monte de merdas, sem querer ficar comigo até meu pai chegar, para aproveitar mais a festa. E dando um monte de desculpas inúteis. Eu disse, “Julio, eu queria que você ficasse, mas querer não é poder, pode ir, faça o que você quiser, eu não me importo com isso, e saiba que eu sou mais madura do que você pensa”. E ainda teve a cara de pau de dizer que eu não contasse para uma amiga minha que tinha ficado com ele porque também era amiga da namorada dele. Eu disse, “Ok”. E ainda falou que gostou de ficar comigo porque eu sou “gostosa” e “gente boa”. Eu mereço isso, diário?


É, quando cheguei em casa, e liguei pra contar o ocorrido ao meu amigo Agnaldo, ele riu da minha cara e disse que eu mereço isso sim. Se foi por maldade ou imaturidade, pra mim não importa, só sei que esse não é o tipo de amigo que eu quero ao meu lado.


E eu não mereço isso, diário, o menino lindo que eu sonhei que fosse meu, tive que ficar bêbada para conseguir pegá-lo, fui tratada como um objeto e ainda fiquei sabendo na hora H que ele tinha namorada. Quem será o príncipe encantado que vai enxergar o meu puro, alvoroçado e inocente coração? Porque até hoje só me apareceram sapos que só enxergaram meus seios e a minha bunda.















terça-feira, março 29, 2011

Para meu Ex-amor



“Apaixonei-me por ti antes de te conhecer, ou melhor, antes de te ver. Conheci-te, ou conheci parte de ti, ou imaginei conhecer parte de ti, através das tuas palavras. E vibrei com elas e chorei quando apagaste tudo e saltei montes de fronteiras... e não, não rasguei a pele nem sangrei dos pulsos.



Onde estás tu agora? Ou melhor, onde está aquele teu "eu" agora? Sabes, nunca fui tão feliz e ainda nem sequer experimentámos 1/4 das posições do Kamasutra, mas tenho saudades dele. E quando me tocas é ele por vezes que me toca também. Oh! Grita, por favor, grita agora! E escreve sangue e esperma e violação na parede e depois Buda, Capitalismo e Platão. E chora, chora também. Vá aparece, cabrão! Coleccionador de borboletas...”






Feliz daqueles que amaram verdadeiramente durante a vida, pois conheceram o sentimento mais precioso, mais sublime, mais místico. O complexo mistério de se encantar por coisas simples, por um olhar, por um sorriso, um toque, uma idéia, uma fantasia. E o estranho mistério de se doar sem esperar nada em troca, já dizia Mário Andrade, amar é um verbo que praticamente discorda da gramática portuguesa, é um verbo intransitivo. Esse mistério que nos traz inusitada emoção, uma louca sintonia, a mais intensa paixão e uma profunda dependência.


Por um tempo achamos que amar é viver, mas no auge deste sentimento vemos que o amor não é eterno, pois a vida não é eterna. E como deixar esse encantamento acabar, como rasgar uma fantasia que foi durante muito tempo costurada, bordada, enfeitada com tanto carinho, com tantos sonhos?


Mas o tempo passa, e tudo passa com ele, e a vida não é cruel por causa disso. A vida nos dá oportunidades de nos renovar, de criar uma cerâmica nova, de transformar o metal enferrujado, enfim, a vida ensina a gente ser feliz. A decepção, a dor, a tristeza, são momentâneas, se o sentimento rosa acabou, os cinzas também irão acabar. É, é a vida que nos faz de beija-flor, a vida quer que a gente entregue o doce mel pra cada flor que dele merecer, por isso nenhum ou quase nenhum amor é eterno. A vida age por nós e ela sabe o que faz.


Eu poderia estar sendo ridícula, idiota ou infame por estar falando com amor de um ex-amor. Já que são poucos os que consideram, querem bem ou tem carinho por um ex-amor. Mas eu digo do fundo do meu coração, eu amo o meu ex-amor. Uma pessoa que apareceu na minha vida do nada, num momento crítico, e inicialmente me trouxe o encantamento de ter um amigo, é, foi obra do destino.


E eu que durante um tempo briguei com o destino por ter me feito conhecer essa pessoa, ter me apaixonado por ela e ter sofrido por ela, hoje agradeço por tudo que o destino trouxe. As lágrimas que eu trouxe num sorriso e as risadas de um pranto me transformaram como pessoa. Não, eu não sou a mesma, eu não sou mais uma substância pura. Amar, acreditar, confiar, decepcionar, sofrer, perdoar, se render, desacreditar, odiar, amar, invejar, admirar, tentar, tentar de novo, e desistir, me fizeram uma pessoa nova, que tem uma carga, uma história de vida, para secar o passado, moldar o presente e concretizar o futuro.


Eu posso dizer sim, amei verdadeiramente, se amei uma pessoa ou uma fantasia, eu não sei, mas eu amei. Acreditei em tudo, até nas promessas mais impossíveis, mesmo sem saber que nunca iriam se realizar, mas eu acreditei e estava disposta a realizar, a fazer acontecer. Apesar da força do ciúmes, eu digo que era apenas um cuidado, o não querer perder, porque eu sempre confiei. Decepção? Foi uma das maiores da minha vida, foi como se o meu mundo desmoronasse, quando eu vi que uma coisa que eu dei tanta importância não existia, era pura ilusão, tudo uma mera mentira. Sofri e te desejei a morte e as piores doenças, e que todo tipo de infelicidade você experimentasse na vida, mas como sentir raiva de você, que talvez se ainda existe amor...?


Eu que tanto desejei que ele voltasse, me pedindo perdão, se rastejando, para eu ter o gostinho de dizer não, me surpreendi, quando ele voltou, pedindo perdão, se desculpando, se rastejando e eu disse sim. Foi então que eu percebi que cristal quebrado não cola jamais, momentos são momentos, nada nunca vai ser igual, o hoje não é o ontem, e o ontem nunca vai ser amanhã. Aí que apareceu uma nordestina como eu, amor distante como eu e que fez coisas que eu sempre quis fazer com você e nunca fiz, neste momento, eu sabia que eu tinha te perdido pra sempre.


Inveja eu sempre tive de todas que tiveram a oportunidade de abraçar a você, pois com apenas dois braços conseguiram abraçar o meu mundo inteiro, o meu planeta Terra, o meu sol, que me ilumina, me aquece, me queima, me enlouquece.


Eu tentei, de um jeito de outro, ou melhor de todos os jeitos, tentei te esquecer e tentei ter você, talvez eu gastei mais energias tentando te reconquistar do que tentando te esquecer. Porém, nenhuma tentativa adiantou.


Eu admiro demais a pessoa que você é, não foi com pouca coisa que você me apaixonou, sempre admirei esse cara simples, legal, leal, engraçado, bem humorado, ignorante e grosso demais às vezes, mas que tem um bom coração. Você foi, é e sempre será uma pessoa especial pra mim. Te desejo tudo de bom e de melhor que a vida possa te oferecer, quero que você seja feliz porque você merece sim a felicidade, quero te encontrar, quero que os nossos filhos se encontrem, enfim, não quero te perder como amiga. Eu desisto, e esse é o último texto que eu escrevo sobre você, não quero te dizer adeus, e sim, um tchau, um até logo. Adeus é uma palavra muito forte. Mas eu desisto, porque sei que não adianta lutar por uma coisa que eu já perdi faz tempo e que é irreversível. Talvez eu perdi você, mas ganhei olhos castanhos claros, melhores, mais bonitos, que tragam uma felicidade que você não me trouxe ou talvez eu tenha ganhado amor próprio, a força da superação. Mas eu adoro você por tudo que você foi na minha vida.


Esse texto eu dedico ao meu Herivelton Fernando Ferreira Rodrigues e declaro ao meu diário que a partir, de hoje, ele terá uma nova dona.







domingo, março 27, 2011

Buscando essa tal Felicidade



Querido diário, a felicidade e equilíbrio de um ser humano são interligados com o seu ponto de paz interior. Mas nós estamos sempre à procura da nossa felicidade, e essa dona maria nunca chega, por mais que a gente tenha objetivos e sonhos e os concretize, os realize, a gente não vai estar feliz porque aí já estaremos com novos objetivos... eu queria saber o porquê que nós nunca estamos satisfeitos, se a gente vai morrer buscando essa tal felicidade.



Querido diário, se me perguntarem o que eu tenho de mais precioso eu vou dizer que é Deus, meus pais e a minha saúde. Eis-me aqui, aos olhos de Deus, com meus pais vivos e com organismo perfeitamente saudável. Ano passado tudo que eu queria era estar esse ano na universidade e continuar com o meu curso técnico, eis que estou cursando engenharia de materiais e química, dois cursos que eu escolhi por prazer e paixão e com satisfação. Eu já sofri muito por amor, e tudo que eu queria era hoje me sentir libertada, e eis que consigo comer, dormir, enfim, estar em paz.


Mas os meus pais mesmo sendo as coisas mais valiosas que há em minha vida, estando ao meu lado, eu não consigo olhar para eles com ternura. Sinto raiva, ódio, uma insatisfação enorme, sei lá, eu vejo que a maior parte das coisas que acontecem na minha vida é por culpa deles, que me criaram com cuidado demais, que sufocaram a minha liberdade durante quase 18 anos. Eu sinceramente não sei dizer se sou feliz com os pais que eu tenho.


Eu planejei durante toda a minha vida cursar uma universidade, é um sonho de infância, que eu sempre falei para os meus pais que eu ia chegar lá, sonho há 3 anos cursar uma federal, porque só aí eu tomei consciência do que era melhor pra mim. Se eu sonhei a minha vida inteira com isso por que eu sinto cansaço e desânimo em vez de disposição e alegria?Às vezes eu penso que minha vida é um inferno porque eu saio de casa às 11:15 da manhã e só volto às 23h da noite e tanta gente ganha a vida malhando e dançando.


Tudo que eu quis durante um tempo era tirar Herivelton da minha vida, e agora que ele saiu por definitivo, eu fico me lamentando, querendo que ele volte. Poxa, Garota de Várias Faces, acorda, quando você estava com ele você não comia direito, não dormia direito, vivia um desespero, se era 2 ou 3 dias de felicidade, era 5 ou 6 de tristeza, em vez de sentir inveja da namorada dele, deveria sentir pena porque sabe que ele não presta. Mas aí eu fico me lamentando porque não tenho mais ele, e eu tenho certeza que se eu o tivesse eu ia estar rezando para não tê-lo.


Mas eu to cansada, diário, acho que to mais cansada das pessoas que existem em minha vida, são todos uns inúteis, que quando eu mais preciso não aparecem. Eu preciso mesmo é mais que um ombro amigo, uma propriedade minha, que me traga mais que prazer, me traga felicidade, não importa se é masculino ou feminino, mas que seja pelo menos, uma representação, um projeto, um esboço dessa tal felicidade.



sábado, março 26, 2011

15 anos de sucesso



Querido diário, hoje eu assisti o DVD da Calcinha Preta intitulado como “360°”, em comemoração aos 15 anos da banda.



Nos tempos de hoje, eu não posso dizer que sou fã da Calcinha Preta, sabe como é, diário, esse ano faço 18 anos, to ficando adulta, e esse meu tempo de fã já passou, mas, já fiz todos os tipos de loucura que vocês imaginarem por amor a essa banda.


Enfim, hoje não sou fã, mas ainda gosto e acompanho os passos da banda. Acho que pessoas como eu, que acompanha a banda há 9 anos esperava muito mais desse DVD.Afinal, são 15 anos de história , e eu posso dizer com autoridade, são 15 anos de puro sucesso, desde que Calcinha Preta começou , não parou mais , e logo se tornou a queridinha do nordeste, e recentemente , a melhor banda de forró do Brasil.


Eles gravaram o DVD como se fosse uma banda coadjuvante, colocou somente o repertório mais recente, não falou NADA de como a banda se formou, das dificuldades e desafios. Poxa, eu ainda me lembro o dia em que eu era criança, minha tia era fã, e eu fui ao show com ela, isso num tempo bem remoto, no início da banda, eles tinham um ônibus tão velho que na hora de ir embora deu problema e os fãs tiveram que empurrar. Calcinha Preta se formou na época em que o que ainda estava em alta era o forró tradicional, e eles como tinham um estilo novo fez muito sucesso e foi duramente criticada pelos outros empresários de banda de forró que diziam que Calcinha Preta não era forró. E o estilo deles se difundiu, e logo foi copiado por outras bandas. Enfim, é muita história que deveria ter sido contada no DVD e não foi.


E fora os astros que brilharam na Calcinha Preta, a abandonaram, e a banda teve que trabalhar muito para não perder o brilho. Primeiro foi Rogério, qual o fã antigo que não lembra daqueles profundos olhos azuis e daquela voz maravilhosa? Saiu, e hoje, eu , Garota de Várias Faces, não sei por onde ele anda. Depois foi a vez de Jennyfer, quem não lembra daquela pessoa louca, porém ótima profissional, que já fez até strip tease no palco. Eu não sei também do paradeiro da loirinha, mas já ouvi boatos que hoje tem carreira solo. Depois, foi a vez de Berg Rabelo, com certeza, um dos melhores cantores de forró do Brasil, fez muito sucesso na Calcinha Preta, foi brilhar na Gatinha Manhosa e hoje tem sua própria da banda, Forró Anjo Azul. Depois, a vez de Daniel Dial , na minha opinião, o melhor cantor de forró do Brasil, que sempre brilhou dormindo, porém um dia acordou, e enxergou que sua voz é propriedade divina, e foi cantar somente para Deus. Depois a vez de Raied Neto, amor de minha vida durante um tempo, eu era acho que eu fui a fã mais louca e apaixonada que ele já teve. Ele saiu por causa do espaço restrito que ele tinha na banda, achava que fora dela poderia utilizar um pouco mais do seu talento. O combinado era que ele saísse , e Paulinha e Marlos saíssem logo depois para que os três formassem uma banda, e a banda já tinha até nome “Cachaceiros do Forró”. Com certeza, iria fazer sucesso, porém as coisas não aconteceram conforme o planejado, e Neto foi cantar na banda Amor Real. A banda declinou, ele acabou saindo, e hoje ele cortou as longas madeixas, e tem uma vida normal como qualquer cidadão trabalhando em sua própria padaria. Triste fim para um artista...E depois foi a vez de Paulinha e Marlos saírem, por motivos puramente pessoais, e vou me limitar aqui para não falar de chifre... estão por aí perambulando, sem objetivo definido, tiveram uma passagem rápida pela banda GDO, e já saíram, parece que agora vão formar uma dupla, e certamente não fará sucesso... Marlos além de cantar mal , é antipático com os fãs, Paulinha é muito simpática com todos, tem carreira como cantora bem estruturada, tem fortes influências , mas não sabe cantar, seu forte sempre foi sua bunda, ou melhor, suas pernas, ou melhor, seu corpo inteiro... como cantora, ela é uma ótima gostosa.


Estrelas foram, vieram, e foram de novo, e o céu da Calcinha Preta continua ensolarado, cheio de estrelas, e com o sol, ou melhor com a Sil, que continua iluminando os palcos e tocando os sentimentos das pessoas com sua voz.


O DVD não está ruim, mas 15 anos de sucesso deveria ser narrado com mais detalhes e precisão.

quarta-feira, março 23, 2011

Tirando os Atrasados com Vigor



Querido diário como qualquer animal, o ser humano age por instinto. Princípios e valores passam longe dos deliciosos prazeres da carne.



Há uns tempos atrás entrei numa comunidade do Orkut de concursos da minha região, e entre os membros, eu vi um cara que me chamou a atenção. O sorriso, tudo foi aquele sorriso enorme, que refletia um monte de coisas boas, paz, bondade, alegria. E realmente eu não estava enganada, Danilo é um cara bom e alegre, aliás, alegre até demais.


Ele logo me adicionou no Orkut, me achou muito bonita, logo pediu MSN e fez aquele alvoroço que eu sempre reprovo num homem. E eis que vem a decepção, o cara é bonito sim, moreno, grande, forte, e as qualidades dele vão além da aparência física, 24 anos, advogado, tem carro, um menino, aparentemente de classe média alta. Porém, um saco, uma pedra no sapato, uma mala pesada e sem alça que você não consegue carregar em um 1 milímetro de distância. Muito, intensamente e extremamente chato.


O defeito dele era se rastejar demais aos meus pés, o tempo INTEIRO querendo saber o dia que a gente ia marcar pra se ver, enfim, um saco. E aquele sorriso que me chamou tanto a atenção perdeu o brilho, eu não gosto de homem fácil, saidinho, que demonstra logo cedo o interesse por mim.


Mas sabe como é NE, diário, eu to carente, a última vez que eu fiquei tem mais de um mês, o único na lista em espera era só esse mesmo. E decidi ficar com Danilo.


Um dia antes eu ficava pensando, nossa, a última vez que fiquei com um menino num carro rolaram coisas que eu não programei. Mas o que rolou dessa vez eu não digo que foram coisas totalmente não programadas, querer querer eu não queria, mas tava louca de vontade.


Hoje a noite eu não tive aula no curso, pronto, a noite tava garantida. Hoje a minha aula seria de educação sexual aplicada. Liguei pra ele, marquei o encontro, e meus pais pensando que eu estaria na aula. Eu disse a ele que estava livre das 7 às 10, ele me disse que ia me levar pra praia, ia dar uma volta, uns passeios.


Sinceramente, diário, eu passei tarde pensando nisso, até que enfim, eu ia tirar meus atrasados, hoje ia ter carne fresca e gostosa pra eu apreciar, hoje eu ia fazer tudo que eu sempre quis fazer e não tinha um homem ao meu dispor por perto.


Eu fui com uma roupa normal, nem sexy, nem feia. Mas sabe como é NE, diário, banho eu tomei, perfume eu passei, mas depois de uma tarde de aula, sem ar condicionado no calor que está na minha região, eu não tava muito em condições de ser cheirada. Percebi isso quando fui ao banheiro, olhar se a minha cara tava legal. Eu tenho quase certeza absoluta que eu estava fedendo.


Quando liguei, ele disse que estava na academia, e que em 20 minutos chegava. Claro que não NE, o bonitinho ainda passou em casa, tomou banho, foi todo arrumadinho e meio atrasadinho também.


E quando ele chegou, eita, complicação. A universidade é enorme, eu estudo lá há apenas 15 dias, eu não sabia onde ele estava. Ele dizendo que estava na entrada principal, e eu estava justamente na entrada principal, mas ele que passou 5 anos nessa universidade, contestou e contestou. E disse que a que eu estava não é, nunca, jamais, a entrada principal, que a entrada principal é a que entra os carros.


E o pior que eu entendi que ele estava com um corolla, pô, fiquei besta né, o menino de Carolla, eu pensei, “puta que pariu, então é rico mesmo!”. Mas estava enganada, ele tava querendo dizer que tava perto de um carro Carolla, o dele é um Fiat Uno igual ao do meu pai, a diferença, é que o dele foi 0 e o do meu pai não, e que o ar condicionado do carro dele é mais potente.


Ele me ligou dizendo que já estava próximo de mim e que já tinha me visto, que eu andasse pra frente, dobrasse a esquerda, e o carro tava com o farol aceso. E eu vendo o carro, né, porém, quando cheguei perto ele não fez nada. Então eu pensei, esse talvez não seja o carro dele, e peguei o telefone pra ligar de novo. Até que ele baixou o vidro, e disse, “Oxe, e vai ligar de novo é?”. Ele abriu a porta do carro e eu entrei, e “Ô, né, meu filho, e eu vou entrar no carro dos outros, eu já tava achando que esse ainda não era o seu”.


E aí a gente começou a conversar. Eu disse a ele que ele era muito diferente das fotos, que eu jamais ia reconhecer ele na rua. Aí ele contou que é porque fez uma cirurgia há pouco tempo pra poder tirar o óculos e tal, e que até a mãe dele tava achando ele diferente. Enfim, mas bonito do mesmo jeito, diário. E eu perguntei, ta me levando pra onde? Ele disse, sair daqui né...


Eu crente de que ele estava me levando pra algum lugar tranqüilo que a gente comesse alguma coisa, conversasse.


Advinha pra onde ele me levou, diário? Pra o estacionamento do condomínio onde ele mora. E lá o amasso começou.


Assim que parou o carro, começou a me beijar. E eu disse “vamos pra o banco de trás”. Ele disse, “Ah, pra que, é a mesma coisa”. Eu disse “Ah, mas eu não quero ficar aqui, quero ir pra o banco de trás”. E nós fomos.


Comecei a dar os meus beijos quentes, a chupar o pescoço dele, a deslizar a mão sobre o corpo dele inteiro. E a mão boba dele fortemente ativa, durante todo o tempo, uma das mãos dele tava na minha bunda ou nos meus seios. Aí eu comecei a bancar de difícil, tirava as mãos dele, dizia que ele tava muito avançadinho, que apressado come cru... tentativas em vão, ele continuou, até que eu me rendi, e deixei ele tocar a vontade.


Eu disse a ele que me apertasse com toda força e puxasse meu cabelo. Ele soube fazer do jeito que eu gosto, eu delirei de tesão e extravasava as deliciosas sensações nos meus altos gemidos. Cara, foi uma delícia!


Até que eu parei e disse que isso tava avançado demais, que não era assim, que eu tenho o meu valor. Ele riu, e disse, então “deixe eu ir ali pegar as moedinhas”. Que comentário infeliz! Quebrou geral o meu tesão.


Eu me fechei. Magoar? Não, né, diário, pra quem sofre de amor 3 anos por uma mesma pessoa já tem uma parede de aço, inabalável, eu só espero o pior dos homens, por isso quase nunca me decepciono. Mas eu achei o comentário dele simplesmente nojento, coisa de gente que não tem escrúpulos. Simplesmente me deu nojo e quebrou o tesão que eu tava sentindo.


Eu disse a ele que queria ir embora, ele disse “Já?”. Eu disse, “É, você já estragou o que nem aconteceu.”. Ele disse, “Poxa, você vive dizendo que eu não valo nada, e eu não fico com raiva, agora porque eu disse que você vale umas moedinhas, já quer ir embora”. Eu disse, “Você sabe muito bem que tem diferença.”. Por mais que ele tenha falado num tom de brincadeira, diário, toda brincadeira tem um fundo de verdade. E na verdade, na verdade, é isso mesmo a realidade, pra mim ele é uma bosta, e pra ele eu sou um nada, mas não precisava me dizer justamente naquela hora que eu tava DAQUELE jeito.


Mas por fim, eu não fui embora. Continuei. Quer me deixar louca? Puxe meu cabelo, chupe meu pescoço. E ele fazia isso muito bem, quando chupava meu pescoço, eu temia ficar com marcas, mas queria nem saber, tava no céu, na lua, ou no mais gostoso paraíso. E até que pegou na minha mão, e colocou naquele lugar. É, diário, eu até tentei dar uma de difícil, subia a minha mão, e ele colocava lá de novo. Quando senti, eu não achei que fosse tão boa coisa, achei tamanho e diâmetro normais demais.


E o cara simplesmente gamou nos meus peitos. Não parava de apalpar, de beijar, até que ele quis chupar. E eu disse NÃO. Mas com tanto esforço, ele ainda conseguiu chupar um pouco um dos meus peitos. Até que ele foi para o banco da frente, pra ligar o ar condicionado, e ligou o carro e começou a rodar.


Imagina o que eu pensei nessa hora, né, diário? Ele me disse que ia me levar pra um local melhor, eu imaginei que era um motel. Fiquei calada, mas se fosse mesmo um motel, eu não iria entrar de jeito nenhum.


E eu como sou interiorana, pensa que eu sou uma matuta, retardada, pra todo lugar que ia, perguntava, você sabe aonde a gente ta? E dessa vez ele perguntou, eu não sabia, chutei e foi gol (risos), acertei. Perto de uma casa de show aqui da cidade.


A gente começou a dar altos amassos ao som de Tomate. Mas a rua em que a gente estava era muito deserta, com poucas casas, sem ninguém na rua. E eu morrendo de medo de ser assaltada. Então fomos pra outra rua.


Ele no banco da frente e eu no de trás, ele me pedindo pra eu ir pra o de da frente, e eu pedindo pra ele vir para o de trás, acabamos conversando, eu segurando na mão dele. Comecei a atiçar chupando o dedo dele. As emoções dele alteraram. Vai ver ele não esperava que eu fosse fazer isso. E ele perguntou, “você faz isso só nos dedos é?”. Eu disse, “É”, ele disse “eu acho que não”. E eu continuei chupando e atiçando, chamando ele pra o banco de trás. Ele disse “Se eu for pra o banco de trás, você faz isso?” Eu dei um sorriso sínico e disse que não.


Ele veio pra o banco de trás, a gente começou a se beijar, ele pegou a minha pequena e delicada mão e colocou naquele lugar. Eu fiquei pegando e beijando. Ele abriu o zíper da calça e colocou pra fora. Me surpreendeu, o instrumento que eu achei que era “normalzinho demais”, era grande e grosso. Pênis muito melhor que eu chupei na minha primeira vez.


Caí de boca, diário, como só tinha feito uma vez e a maior parte das mulheres não gostam, eu ainda estava em dúvida se eu gostava mesmo, mas agora tirei todas as dúvidas. Adoro chupar um pau, se eu pudesse colocava um na minha boca e não tirava mais. E ele também gostou muito, gemeu o tempo todo.


E dessa vez eu fiquei mais a vontade né, eu sei bem, que AIDS não é doença que escolhe classe social, mas o cara que eu fiz o meu primeiro sexo oralé muito mais mulherengo e entregue ao mundo do que esse que eu fiz agora, já que eu fiz com os 2 sem camisinha. E também, Marcos botava muita pressão, querendo gozar na minha boca, tentando enfiar tudo na minha boca que logicamente não cabia. Mas com Danilo foi diferente, dava pra sentir que ele tava sentindo prazer.


Até que ele disse, “Tá na minha vez já, né?”. Eu inventei uma mentira, disse que estava menstruada, e na verdade, eu não tava menstruada, tava com a buceta peluda, não tive tempo de depilar, ok, eu conheço várias mulheres que transam assim e não tão nem aí, mas eu não gosto. Quem já viu minha buceta não viu nenhuma mata atlântica e nem moicano, nem algum desenhinho, eu raspo tudo.


Ele disse, “Mas eu to falando dos seus seios?”. Eu relutei tanto, até que apareceu gente na rua, e nem deu pra ele chupar mais. E a gente esperou os caras que conversavam na rua saírem, e não saíam. Enquanto esperávamos a gente conversou um pouco.


Eu disse, “você gostou, eu chupo bem?”. Ele disse, Rapaz, você manja muito bem, se você fizesse umas 4 vezes isso que você fez, eu gozava.” Aí eu disse, “Imagine quantas vezes eu já fiz isso?”. Ele disse “Umas 3 mil vezes?”. Eu disse, “Deixe de ser idiota, eu to fazendo isso pela segunda vez e a minha primeira foi num carro também.”. Ele riu, e disse, “então é a cina!”.


E os homens não saíam, fomos procurar outro lugar. Acredite, diário, enquanto ele dirigia, eu no banco de trás, ele ainda ficava apalpando meus seios.


Eu disse, “Rapaz, gostou né? Tire a mão que são meus.”. Aí ele disse, “Mas eu não disse que era meu...”. Eu disse “Mas eu não gosto que peguem nas minhas coisas”. E disse, “você parece que nunca viu um peito”, ele disse, “eu não vi um, vi dois”.


Como estava perto do horário de eu ir embora, fomos para uma rua próxima do ponto de ônibus. Eu no banco de trás e ele da frente, comecei a beijá-lo e peguei naquele lugar, excitado... eu disse, “meu filho, é assim 24h é?”, ele disse, “Não, mas você vem com esse carinho né, aí não tem jeito”.


E aí ele inventou de enfiar as mãos dentro do meu sutiã, eu disse, “Cara, pare, eu não gosto que peguem nos meus peitos”. E ele parou e me questionou porque eu não gosto. E eu não sabia nem explicar, queria mudar de assunto, mas ele queria porque queria saber.


E é estranho, eu me sinto gostosa, quando o cara pega por cima da roupa, aperta, admira com tesão, eu adoro isso, mas bota a mãos nos meus peitos nus, eu me sinto estranha, não sinto tesão com isso não. Mas disse a ele que gosto sim, mas é que a ocasião, o carro no meio da rua, e talz não estavam me deixando a vontade. Na verdade, eu acho que eu gosto tanto dos meus peitos, que sinto ciúmes quando outra pessoa os toca.


Ele “chorou”, lutou, relutou, dizendo “poxa, a noite toda, e eu não vou poder ver esses seus peitos”. Até que eu disse, “você quer ver, então vem.”. Eu ia tirar a blusa por cima, e ele queria que eu tirasse por baixo, e eu estressada como sempre , falei com ignorância, “menino, mas vai mostrar do mesmo jeito”, ele disse, “Calma, continue.”. Mostrei meus peitos e na hora ele enlouqueceu, me puxou, me beijou com força dizendo, “Venha, gostosa, venha, safada, venha!”. E aí a gente ficou se beijando, até que eu disse ta na hora, e ele me levou até o ponto.


É, fato, diário, que eu errei do início ao fim, ele é o tipo de cara que eu sonho em namorar, inteligente, independente, classe média alta, gente boa, engraçado, uma pegada maravilhosa, um pênis melhor ainda. Mas eu não enxerguei isso antes, no início, uma amiga minha dizia, “mulher, se eu fosse investia, o cara é advogado.”. E eu dizia, “que nada, mulher, ele é muito chato, eu não suporto ele”, isso quando o conhecia via internet. Agora eu vejo que eu fiz tudo errado, eu chamava ele de chato, no primeiro encontro eu não me comportei e demonstrei que não tenho princípios, talvez eu tenha perdido um bom partido. Mas isso, não importa, o importante é que eu tirei os atrasados com todo vigor.


E agora estou aquiescrevendo esse texto, com o doce do sabor do pênis dele na minha boca e um amargo sabor de quero mais.



































sábado, março 19, 2011

Como se Nada Tivesse Acontecido



Querido diário, Nosso Senhor Jesus Cristo já dizia que o coração dos homens deve ser como o coração das crianças, cheio de pureza. O difícil é saber a fórmula de ser tão puro. Acho que a pureza é quase como uma insanidade em que você não tem noção do que foi o passado e nem do que vai ser do amanhã.



Quando chegava do salão de beleza, perto da minha casa, me deparei com meu primo brincando com um menino chamado André, do qual a gente conhece como “o filho da bruxa”.


E lá estavam eles brincando, sorrindo, se divertindo. No início eu achava um absurdo que eles se dessem tão bem, mas agora eu vejo que eles são apenas crianças.


As mães deles são as maiores inimigas, e essa inimizade prevalece da antiguidade até os dias de hoje. A “Bruxa” já foi até amante do marido da minha tia. Sempre quando elas se encontravam na rua davam piadinha uma à outra, até o dia em que elas se pegaram e foram pra pancadaria no chão. Minha tia saiu mais machucada que a outra e a denunciou à polícia, e elas resolveram o caso na justiça.


E enquanto elas resolvem, os filhos delas brincam como se nada tivesse acontecido.

sexta-feira, março 18, 2011

Do Conto de Fadas à Realidade



Querido diário, porque o mundo não é como um conto de fadas, onde tudo é certo e encantador do jeitinho que a gente sonha. Porque todos têm alguma coisa que uma pessoa no mundo queria ter e não tem, e ninguém é feliz.



Enfim, eu consegui ir à Minas Gerais ver Herivelton. Nossa, foi um dos dias mais felizes. Eu não o beijei, nem o acariciei, apenas vi, estive com ele, e me lembro que ele era muito mais alto do que eu. Foi lindo demais esse momento, e eu estava linda, com o cabelo liso e bem arrumado.


Até que eu vi o amigo dele Artênio e fui chamá-lo para a minha festa de aniversário.


E quando estava me sentindo no ápice da felicidade, pelo fato de estar com Herivelton, acordei, e percebi que tudo não passou de um sonho.


Eu me vi na seca realidade, de estar sem ele e com o cabelo ruim, bem diferente do sonho; com uma prova de física pra hoje, que eu ainda não sei nada e ainda pra completar perdi o livro pela qual iria estudar; fui pedir ajuda nas questões de física nas comunidades do Orkut, quando entrei no meu Orkut, advinha o que aconteceu? Hakeado! Pela segunda vez, hakearam meu Orkut.


E percebi que to com o cú na lama e que minha vida ta um cú sujo de bosta, e o grande problema é que eu não sou feliz. Minha vida profissional não está do jeito que eu queria, é fato que o meu rendimento no período passado para esse período caiu, só Deus sabe como vai ser essa minha prova hoje, e isso se eu for fazer. Eu tive a maior vontade de procurar novamente Herivelton pra me declarar, dizer que sonhei com ele e que esse sonho fora um conto de fadas, mas pra quê? Pra ele me dizer de novo novamente mais uma vez que não pode fazer nada com esse sentimento que eu nutro por ele? Não a mais nada a ser feito, ele não me quer, e eu vou ter que engolir isso pra o resto da vida. Por que eu não tenho a sorte que tantos artistas tiveram de viver pelo menos uns 3 anos como uma estrela?


Minha vida é um cú, e a felicidade passa bem longe de mim, e eu continuo a mesma menina sonhadora, tão inocente quase que como uma boneca sem vida. Eu sei que nunca desistir é o lema, mas eu já estou sem forças pra continuar lutando.

quinta-feira, março 17, 2011

Astuta e Vingativa



Querido diário, as aulas na universidade já começaram e eu já estou na correria e na maratona da busca dos livros.



Uma amiga minha me disse antes de começarem as aulas que os livros da biblioteca da universidade somem no primeiro dia de aula. Não levei muito a sério pensei que fosse exagero.


O professor de Vetores indicou o livro “Vetores e Geometria Analítica”. Ele disse que não emprestaria o dele para a turma porque acha que na biblioteca tem muitos exemplares do mesmo.


Talvez até tinha, mas já sumiram todos.


Fui na biblioteca do CEFET, e por minha felicidade, o livro estava lá, porém apenas um exemplar. Escondi atrás de outros para que ninguém pegasse.


Eu não tenho carteirinha de acesso aos livros da biblioteca. Perguntei ao homem o que precisava para fazer uma, ele me disse que apenas apresentar carteira de identidade e preencher um formulário. Porém, eu teria que esperar 8 dias para ter essa carteirinha. É muito tempo!


Fui na sala e perguntei a um amigo meu se ele tinha essa carteira. Ele disse que tinha, mas tinha deixado em casa. Acho que ele não queria era me ajudar. Porém, uma amiga minha tinha e estava com ela. Pedi pra ela que fosse na biblioteca buscar esse livro pra mim. Ela foi.


Porém, pela minha surpresa, eu não poderia pegar esse livro porque ele não tinha o tal papel lá de que pode levar pra casa. Fiquei indignada, mas tudo bem, vou pegar o de Cálculo I. Também não me deixaram levar esse de Cálculo I.


Peguei os dois livros e escondi atrás dos outros, porque se eu não uso, ninguém usa mais também. E minha amiga disse: “Que Garota de Várias Faces errada é essa, hein?”


Eu disse: “Errada não, meu bem, astuta e vingativa.”







terça-feira, março 15, 2011

O Erro de Confiar



Querido diário, digo e repito, não confie em seres humanos, pois todos, sem exceção, são falhos e desequilibrados, inconstantes, bipolares, tripolares... Eu vou contar a minha história, e vocês verão o preço que a gente paga por confiar em um ser humano.



Todos que visitam meu blog já sabem que esse é um diário público, anônimo e real. Isso não é besteira. Isso é a minha vida e a vida de todos que participam dela. Aqui tem mais que segredos, tem a obscuridade da minha alma, o mais profundo do meu eu, aqui eu sou completamente sincera, sem remorso de quem vai ler e do que vai pensar.


Eu já citei aqui que este blog surgiu de uma inveja, Renato e Alice estavam planejando fazer um blog. Quando eu ouvi que eles iriam fazer o deles, rapidamente veio a idéia do meu na cabeça. Tão rapidamente, que parece que era coisa pré-destinada. Então, antes mesmo de fazer eu contei todo o projeto a eles. Mas eu não sabia a proporção que o meu diário iria chegar.


Eu comecei a escrever coisas confidenciais demais e não sentiria a vontade que ninguém lesse, a não ser, meu amigo Maurício, que é eu mesma com um órgão reprodutor masculino no meio das pernas. Enfim, quando Renato perguntou como estava indo o meu blog, eu disse que tinha excluído, que já me faltara a paciência para escrevê-lo. Mas Renato não se convenceu, a vontade de saber da minha vida era maior do que acreditar na minha palavra. Ele foi procurar no Google com o nome “Garota de Várias Faces” e logo achou. Leu.


Ele achou pouco ler, em vez de ficar calado, fingir que não sabia de nada, leu, e ainda foi me dizer na escola que tinha lido, e me dar conselhos que eu não pedi e nem precisava. Talvez ele seja o Santo Renato, tão puro e tão perfeito, que não erra, e nem permite que os outros errem. Ele é perfeito demais, por isso, aconselha a todos.


Porém, ele me prometeu guardar o segredo.


Eu sabia que ele não ia guardar o segredo, o zíper da boca dele é permanentemente aberto. Uma pessoa que tudo que lê vem comentar comigo o que achou, que me manda mensagens no celular me chamando de “Garota de Várias Faces”, que comenta no shopping cheio de gente, em voz alta sobre o blog, tava realmente louca pra gritar pra o mundo que sabe o meu maior segredo. E agora ele pode gritar a vontade, porque ele falou em voz baixa a uma das pessoas mais importantes da minha vida, um segredo que eu estava me preparando para revelar. Aí vem um mexeriqueiro e fala uma coisa que eu me preparava a meses pra confessar.


Ele leu o último post Loucura de Amor (http://diariodagarotadevariasfaces.blogspot.com/2011/03/loucura-de-amor.html). E foi comentar com Agnaldo que ele não fizesse loucura. Diz ele que a tentativa dele foi querer ajudar o meu amigo, mas eu acho que foi mais uma tentativa de querer gritar pra o mundo que sabia o meu segredo.


Não tem cabimento ele ir dizer para uma pessoa que sabe uma coisa que apenas eu sei, realmente, o único intuito dele foi me prejudicar.


Ele foi dizer a Agnaldo que tinha “sentido” que Agnaldo iria cometer essa loucura, e foi falar com ele pra que ele não fizesse isso. Porra, caralho, puta que pariu. E Agnaldo é algum retardado mental pra engolir uma história dessas?


Agnaldo pressionou, e nem precisou pressionar muito, logo Renato contou qual foi a fonte onde ele descobrira o que descobriu.


Agnaldo ficou indignado, decepcionado e furioso por eu ter escondido o maior segredo da minha vida pra ele que me conta tudo sobre a sua, absolutamente tudo.


Como eu já falei, eu iria contar, mas não agora, isso tudo seria um processo, uma preparação, não dá pra você chegar do dia pra noite pra uma das pessoas mais importantes da sua vida e mostrar o que há dentro da sua alma. Não dá mesmo!


É fato que eu perdi dois amigos de uma única vez, porque eu não confio mais em Renato, e Agnaldo não confia mais em mim.


Tudo porque uma pessoa que eu confiava não conseguiu manter fechado o zíper da língua. E eu que tentei até proteger o nome dele no meu blog, omitindo que ele é bissexual, assim como todos os meus outros amigos são, pelo fato dele ainda não ter me contado. E olhe que isso eu já sabia há anos, ele acha que o mundo não sabe. Mas foi o mundo que ele tanto esconde, que desconfia, que me disse, que tem provas, que me contou, e não foi uma, nem duas pessoas. Inicialmente eu não acreditei, mas logo percebi que o quebra-cabeça se encaixava.


Por que ele guarda tanto o segredo dele e solta com tamanha felicidade o segredo dos outros? Eu sou o contrário, quando sei do segredo dos outros, faço de conta que não sei, que nunca me contaram, que eu nunca imaginei. Tudo isso porque eu preservo os sentimentos dos meus amigos, tudo porque eu não quero vê-los sofrer.


Enfim, eu perdi dois amigos de uma vez.


Já há um tempo eu pensava em excluir esse blog, porque não vejo popularidade significativa, e também porque preciso de tempo pra estudar, e não tenho tempo pra divulgá-lo e às vezes me falta tempo até para postá-lo. Mas agora é que eu não excluo! O blog não me traz nada de bom, ultimamente, tem até atrapalhado a minha vida, mas eu sou incapaz de mudar os meus planos por causa de atitudes de outras pessoas. É como diz aquela música de Fábio Jr, “nem por você, nem por ninguém, eu me desfaço dos meus planos, quero saber bem mais que os meus vinte e poucos anos”.


Eu errei em acreditar e confiar nos outros, mas vou ter coragem suficiente pra encarar de frente as conseqüências dos meus erros, não vou fugir como uma rata parida. Que venha Tsunami, mas eu só excluo o meu blog quando eu achar que devo, e não porque os outros agiram de má fé.


E Agnaldo? É como se fosse um namorado que você ama, mas que te cobra demais, te sufoca, não te entende, e que você prefere abandonar. Ele demorou a me contar que era bi, mas quando contou, eu não o condenei por não ter me contado antes, e olhe que ele também contou sob pressão, quando eu já estava sabendo.


Sinceramente, diário, eu cansei de fazer parte de problemas que não são meus, de compartilhar lágrimas com outras pessoas, afinal, eu também tenho problemas, e ninguém chora comigo. Daqui pra frente, eu vou cuidar da minha vida, vou dar o real e merecido valor à minha família e aos meus estudos. E o resto? Que se dane!


Eu sei que esse texto está bem confuso para os leitores do meu blog. Porém, ele não é direcionado para leitores, e sim para leitor.

sábado, março 12, 2011

Loucura de Amor



Querido diário, já dizia um sábio X que a gente perde quando a gente ama, e quando amamos estamos perdidos há muito tempo. Até certo tempo eu discordei dessa frase, mas hoje é uma das frases que eu acho mais certa, pois só o amor nos faz cometer as maiores e piores ou melhores loucuras das nossas vidas.

Meus dois melhores amigos são bissexuais, e são muito parecidos em alguns aspectos; os dois amam intensamente, são pessoas determinadas e convictas de onde querem chegar, são ciumentos e muito dedicados às pessoas que eles amam.

Particularmente, eu gostaria que os dois namorassem, porque na minha opinião, eles combinam e tenho certeza que eles seriam incapazes de magoar um ao outro, conseqüentemente, os dois estariam felizes, e a felicidade dos meus amigos é a minha felicidade.

Um certo e belo dia, eu os apresentei no MSN, eles se adoraram. Os dois estavam passando por uma situação complicada em seus namoros e ficaram desabafando, eu também participei da conversa e foi ótima. Eu fiquei atiçando os dois pra que eles ficassem, Maurício gostou de Agnaldo, dizendo que era bonito, engraçado, gente fina e que eu deveria ter apresentado antes de ele conhecer João, seu atual namorado. E Agnaldo ficou fazendo doce, dizendo que não sabe se ficaria com Maurício, que teria que ver pessoalmente pra ver se o esquema presta. E eles marcaram logo no sábado pra saber se o “esquema presta”.

Maurício também ficou meio que com um pé atrás em marcar com Agnaldo, pois tinha receio de trair o namorado, afinal ele é um louco apaixonado. Mas com os conselhos da amigona de várias faces aqui, do tipo “vai, Maurício, é só uma vez mesmo, e ninguém vai ficar sabendo, aproveita, se joga”. Ele acabou indo.

Eles se encontraram, conversaram muito, se gostaram e acabaram fazendo coisas que só o banco de trás do carro pode contar. Maurício agradou e muito a Agnaldo, porém, Agnaldo não superou as expectativas de Maurício.

Eles gostaram do jeito sincero e divertido um do outro, entretanto, Agnaldo percebeu que Maurício não é totalmente feliz em seu namoro, e Maurício percebeu o quanto Agnaldo estava carente, precisando mais que um namorado, de um amigo.

Eles ficaram sim. Mas por um motivo ainda desconhecido, Agnaldo preferiu esconder isso de mim, não sei mesmo o porquê, já que eu sei muito sobre a vida dele e de quase todos “casinhos” que ele já teve. Maurício, porém, como é meu irmão e não temos segredos um para o outro, me contou o ocorrido.

Agnaldo é uma pessoa que ama demais, e que não precisa de muito tempo pra se entregar de corpo e alma a uma pessoa. Queria sair com Maurício no carnaval, porém, Maurício não podia porque ia sair com o namorado. Agnaldo sofreu demais aí, porque sentiu que estava ocupando um lugar que não lhe cabia, que estava gostando de Maurício, mas que o coração de Maurício tem dono há 7 meses.

Porém, Agnaldo, encontrou um companheiro pra passar o carnaval, e não sentiu falta de Maurício. Pulou o feriadão todo, com um gostosinho do lado.

O tal gostosinho também se afastou de Agnaldo, e novamente Agnaldo continua o “encantamento” por Maurício, mas sofre demais, pois como já disse sente que senta aonde não lhe cabe.

E é um sofrimento tão grande que me faz sofrer também. Ás vezes, me sinto até arrependida de ter apresentado um ao outro. Eu sei que Agnaldo se entrega demais, fácil demais e rápido demais, mas o que ele fala, parece que ele realmente está amando de verdade Maurício. Maurício namora com um cara, que na minha opinião não merece tanto amor, mas ele se sente feliz mesmo assim. Eu sei muito bem como é isso, ser meio amado, é difícil de largar, afinal a gente vicia num amor conquistado todos os dias, com muita força, suor, noites acordado. Vale a pena passar uma noite acordado por brigas de amor, e ter uma noite seguinte sensacional no êxito do amor.

E Agnaldo não quer desistir facilmente, quer que Maurício seja feliz independente de qualquer coisa, mas sente que a felicidade de Maurício não está com João. E ele está disposto a fazer uma loucura.

Ele conseguiu ser aprovado em Geologia numa universidade Y, fora do estado, e vai ter que ir embora em junho. Antes de comprar a passagem, Agnaldo vai na casa de Maurício declarar todo o amor e perguntar se tem alguma chance. Se tiver, não vai viajar e vai perder a vaga numa das melhores universidades federais do nordeste, e caso não tiver, vai embora com a dor no peito e o remorso de não ter roubado o amor de outro alguém.

Seria uma loucura da vida ou uma mera razão que só o amor pode explicar?



quinta-feira, março 10, 2011

Forçar a Barra



Querido diário, por mais que uma coisa seja bonita, se não for natural, espontânea, com certeza perde a beleza. E algo precisa ser bonito pra ser admirado? Já diziam os dadaístas, que a arte é bela como um mijatório.



Você bem sabe, diário, o tipo de homem que eu gosto. Não tem que ser bonzinho, santinho e nem certinho. Pra mim educação não é abrir a porta do carro pra mim, afinal, eu tenho mãos, deve me ajudar é quando eu realmente precisar de ajuda. Eu gosto de homem inteligente, prestativo, maduro, mas que não faça esforço para me impressionar.


Já há um certo tempo eu noto o interesse de um cara da minha cidade, que estuda na mesma instituição que eu, porém, eu faço química, e ele, edificações. Mas o contato é inevitável, quase sempre pegamos o mesmo ônibus, e nos vemos muito na instituição.


Eu já não gosto da postura dele, daquela cara de quem não quer nada, daquelas mãos sempre dentro do bolso, como se fosse um cara certinho demais. Fora as besteiras que ele fala, vou citar exemplos... Um certo dia ele conseguiu enganar um ladrão, porque se fez de surdo, enquanto o ladrão pedia as coisas a ele, ele fingia que não ouvia, e perguntava hã, hã, hã... história de conto de fadas que nem as crianças acreditam, diário. Outra vez estávamos conversando, eu dizia que era muito perigoso sair do CEFET até o ponto X a partir das 20h porque era muito deserto, aí ele vem me dizer que pior era sair do local onde ele trabalhava até o CEFET, sendo que ele saía por volta de umas 16 ou 17h.. me poupe, é muita besteira pra sair de uma única boca.


Hoje eu estava no ponto de ônibus, com mais 3 pessoas, o ônibus demorava a chegar. Quando chegou, eu adentrei e as 3 pessoas que estavam comigo no ponto também, porém, a minha surpresa era que esse menino também entrou, vou até referir um nome a ele, Rodrigo.


Quando entrou logo, ele me viu, e eu fingia estar mexendo no celular para que ele não falasse comigo, e ele falou: “Garota de Várias Faces”. Eu respondi com uma voz bem seca, “Oi.”


Acho que ficou constrangido de se sentar ao meu lado, porque eu estava na ponta, ele teria que pedir licença pra poder sentar. Mas mesmo assim sentou no banco logo atrás de mim.


Eu estava sentindo muito calor e tentei abrir a janela do ônibus, só que estava muito dura, não consegui. Lá vem ele querer me ajudar: “Garota de Várias Faces, você não conseguiu abrir a janela não, foi?”. Pra cortar conversa, eu disse, “É, não consegui não, mas também não precisa abrir não”. E ele disse, “Ah...”.


Diário, você acredita que no percurso da viagem, ele ficava levantando meio que o corpo pra poder olhar pra mim que estava no banco da frente? Não, cara, isso sim é infantilidade demais! Odeio homem que não se chega na mulher, e ele mesmo que se chegasse, eu não ia querer.


Quando descemos do ônibus, ele veio ao meu lado, conversando comigo. É, aí eu até que gostei, porque com um homem ao lado eu corro menos risco de ser assaltada. Mas e quem disse que o papo do menino estava interessante?


O menino soltou um papo idiota de putaria misturado com mentira, misturado com castidade. Me poupe! Disse que a empregada dele ta achando que ele curte coisa pornográfica, porque ela achou umas revistas de mulher pelada debaixo do colchão dele. E ele ainda jura, que não foi ele. Ele disse que nem gosta dessas coisas, disse que não tem graça nenhuma vê um homem e uma mulher fazendo e você de besta olhando, ele me disse que preferia fazer outra coisa.


Quando ele me disse que preferia fazer outra coisa, eu pensei que ele iria dizer que gostava de fazer sexo mesmo, e não ficar olhando revista... eu até pensei, nossa, será que esse menino vai falar o que eu to pensando, logo comigo, que sou uma alma pura e inocente. (risos). Mas ele falou que gosta de comprar revista de músicas, de esporte. Ui, que alívio, não falou o que eu pensava que ele ia falar!


Mas diário, pô, ele errou redondamente em puxar comigo esse assunto. Primeiro, qual o interesse que eu tenho de saber o que se encontra debaixo do colchão da cama dele? Segundo, ah, dizer que as revistas não eram dele é mancada demais, quem que ia ser dono das revistas e esconder debaixo do colchão de outra pessoa? E outra ele dizer, que prefere revistas de música e de esporte do que de sexo, ah, vai pra puta que te pariu! A pessoa que nunca viu uma revista de mulher pelada, que atire a primeira Playboy que se encontrar no chão do seu quarto, ok, tem até gente que não gosta de ver essas coisas, um exemplo sou eu mesma. Mas, mesmo que não goste de ficar vendo essas coisas, quando a gente quer se masturbar e não encontra estímulo nenhum, o que é que a gente faz? Diz aí se não é foto de gente pelada que você vai procurar! Aí eu pergunto, diário, pra que tanta mentira, tanto fingimento, pra que um papo tão tosco?


No fim da aula, novamente e infelizmente, encontrei com ele no ponto de ônibus. Liguei pra o meu amigo Agnaldo, e pedi que ele não desligasse, porque um menino chato tava chegando e iria conversar comigo.


Quando ele ia entrar no ônibus, eu estava atrás dele, ele pisou o primeiro pé, e se retirou para que eu subisse, dizendo “Primeiro as damas”. Eu fingi que não escutei, nem olhei pra cara dele e subi. Quando cheguei no ônibus eu novamente sentei na ponta, porque se eu sentasse no lado da janela, com certeza, ele iria sentar ao meu lado.


Diário, o pior erro de um homem é querer fingir pra impressionar uma mulher. Ele acha o quê? Que eu gosto de cara educadinho e que não vê foto pornográfica? Eu gosto mesmo é de homem normal, espontâneo, que demonstra ser o que é sem fingimentos, sem forçar a barra.