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quarta-feira, fevereiro 22, 2012

O Que Dar-me-ei de Presente

Presentes de Aniversário Inesquecíveis Para as Mulheres


Querido diário, eu quero a resistência das cerâmicas e a beleza dos metais para construir os meus sonhos. Eu quero sonhos das mais belas cores, do mais nítido brilho, de uma inovação real. Eu quero ser a única responsável do antes, do agora e do depois, porque só eu sou responsável pela minha felicidade.

Em junho de 2012 eu completo 19 anos, é, fase de imaturidade e adolescência já passou. Eu tenho o costume de nas vésperas do meu aniversário fazer uma lista de presentes que eu gostaria de ganhar. Ainda faltam muitos meses para o meu aniversário, mas eu já tenho grandes idéias do que vou colocar nessa lista, eu quero um corselet, um sapato preto de salto agulha, um tênis prata, uma jaqueta com pence.

Mas pensando bem todos esses presentes depende de pessoas para eu ganhar. E eu com 19 anos, o que eu posso me dar de presente? Que sonho eu posso construir até o mês de junho? O que há de mais importante na minha vida do que um corselet e um sapato de salto agulha?

O maior presente que eu possa me dá no meu aniversário de 19 anos é me sentir realizada, aliviada e feliz. E para isso eu preciso construir três sonhos: passar em cálculo I, conseguir um emprego e tirar a minha carteira de motorista.

Eu me comprometo de hoje, em fevereiro até o mês de junho lutar todos os dias pelos sonhos, para que isso aconteça, e eu me sinta assim realizada no dia do meu aniversário. E não importam as barreiras, os obstáculos, o tamanho dos meus sonhos, eu vou sonhar e vou realizar, serei aquilo que eu quero ser, porque eu tenho apenas uma vida, e esta deve ser aproveitada.


quarta-feira, fevereiro 15, 2012

A Descarada



Querido diário, minha maior loucura foi ter dado amor a quem não merecia, ter tomado posse daquilo que não era meu, ter criado obsessão aonde não havia paixão. Minha maior loucura foi ter acreditado em amor eterno, foi ter acreditado no amor, nem a vida é eterna, e o que lá pode ser amor. Minha maior loucura foi ter sido pura, pura de sentimentos, de sinceridade, de nobreza. Eu fui louca e espero não enlouquecer nunca mais nessa vida.

Ontem eu não tive um dia agradável. No começo do dia estava em depressão, naquele vazio, sem conseguir tomar banho e nem fazer nada. Consegui ainda fazer um trabalho e ir apresentar, apresentei mal e o professor simplesmente escorraçou o meu grupo. Não teve a mínima compreensão de que eu estava nervosa e despreparada, um dia eu me vingo daquele infeliz! E apesar de ter tido um dia tenso, à noite eu senti falta de um ombro masculino onde eu pudesse relaxar, encostar a minha cabeça atormentada.

Miguel é um maldito, Daniel me deu um fora, e o cara que eu encontrei para me distrair e aliviar o meu estresse, Heliéser, não tem respondido as minhas mensagens.

Eu estou só. E não é preciso descrever o quanto dói a solidão.

Eu tenho as coisas mais importantes e mais valiosas da minha vida que são meu pai e a minha saúde que é aparentemente de ferro. As coisas que eu mais dou valor nessa vida. Eu imagino tudo muito pior se meu pai estivesse morto ou se eu tivesse qualquer uma dessas doenças bárbaras que eu vejo por aí. Eu tenho meu pai e saúde, isso pra mim basta. Mas na vida amorosa eu sou muito infeliz, eu nunca tive nada do que eu quis.

Querido diário, eu vou te contar da metade da ternura que há em mim, dos sonhos que me resta ou que me restavam. Eu vou te contar das minhas loucuras, do quanto eu fui boba, tola, o quanto eu me deixei levar, de todos os erros que eu cometi no anseio de ser amada.

Eu tinha 15 anos quando conheci Herivelton. Naquela época eu não era tão sensual como sou hoje, não chamava atenção de muitos homens, era uma menina totalmente voltada para os estudos, nunca tinha tido homem nenhum. Naquela época eu adorava visitar salas de bate papo, confesso que nem sempre com boas intenções, às vezes era sim para fazer amizades, outras era mesmo pra falar mentiras e me divertir zoando com a cara de algumas pessoas.

Eu entrei numa sala de bate papo da bol, denominada “amizade colorida”, lá eu encontrei Herivelton. Adicionei no meu MSN e a gente começou a conversar, muito pouco. Até o dia em que eu fiquei com catapora.

O meu estado durante a catapora foi grave, eu fiquei com o rosto totalmente deformado e nojento de tantos caroços. Minha médica explicou que quanto mais velha a pessoa tem a catapora, maior o estado de gravidade, por isso que eu fiquei assim.

Naquela época eu fiquei muito carente, só fazia chorar no desespero de me ver horrorosa como eu estava me vendo, não conseguia nem comer, eu passei exatamente 3 dias sem comer, porque a minha língua estava cheia de caroços e eu não conseguia engolir, passei 3 dias a leite e suco. Foi nessa catapora que eu criei amizade com Herivelton.

Encontrei consolo na amizade dele. Ele muito engraçado, carinhoso, me divertia muito. Com o tempo eu me vi apaixonada por aquele mineiro, estudante de agronomia, do qual eu teclava apenas pela internet.

É claro um amor totalmente impossível, que só me cabia esquecer, mas a cada dia o nosso afeto ficava maior. Eu rezei e pedi a Deus, que esse sentimento fosse recíproco. Quando Herivelton me pediu em namoro, eu vi o milagre acontecer e agradeci a Deus.

A razão tentou dar um beliscão na emoção, Eu não aceitei o namoro de início, imagina, uma loucura, apesar de apaixonada, eu sabia que era uma loucura namorar uma pessoa que você nem ao menos conhecia. Mas foi ele que me fez aceitar essa loucura, que me prometeu que iria juntar o dinheiro necessário para vim me ver, que iria me encontrar em todas as férias dele, ele me convenceu de que a nossa relação era possível. Sendo assim, eu me entreguei de corpo e alma. Herivelton foi meu primeiro amor. O único homem que eu amei verdadeiramente na minha vida. As coisas que fazia por ele, e que seria capaz de fazer por ele não tinha limites. Foi o único homem que eu amei sem pensar em nada, nem ao menos na distância.

Herivelton passou a ser o meu segredo. Inúmeras noites, madrugadas, até mesmo pelo dia, a gente passava fazendo sexo pela internet, pela web cam, pelo telefone, eu era completamente dele, entregava meu corpo e o meu coração. Convém falar também que naquela época eu era uma menina mais inocente do que sou hoje, tudo aquilo pra mim era inédito, eu era apenas uma menina que tinha acabado de completar 15 anos, e ele um cara maduro de 23.

Ah, Herivelton, minha louca paixão incontrolada e sem limites, meu estado de insanidade, de loucura, de adrenalina, eu vivia um amor a distância, tem idéia da loucura que é? E sabe quanto tempo durou essa loucura? 3 anos. 3 anos perdidos e muito mal desperdiçados da minha vida.

Logo eu me decepcionei com ele, e quis largar, mas ele tinha uma lábia, um poder de persuasão, de se fazer de vítima e de me colocar sempre como culpada. Eu sempre acabava cedendo, sempre acabava voltando, e aí era uma decepção atrás da outra. Eu fui terrivelmente infeliz. E arrastei esse amor de pedaços por 3 anos, ele arrastou por alguns meses, acho que 7 meses. E eu loucamente apaixonada corri atrás desse homem durante muito tempo.

Eu pensei que eu nunca fosse esquecê-lo, realmente eu nunca irei esquecê-lo, esquecer do nome Herivelton Fernando Ferreira Rodrigues, do jeito dele, dos nossos momentos juntos, das coisas infelizes também que passei. Eu nunca vou esquecer tudo isso. Mas eu não o amo mais. Eu já estava cansada, decepcionada por ter perdido tanto tempo da minha vida num amor que nunca iria dar em nada, ele também conversou várias vezes comigo, me mostrou que não dava mais, me aconselhou a esquecê-lo. E também eu não posso negar, Miguel teve participação direta nisso. Eu passei a pensar menos em Herivelton quando conheci Miguel, até esquecê-lo de vez. Eu não amo mais Herivelton, não sinto absolutamente nada por ele. O último texto que eu escrevi sobre ele aqui no blog foi este no ano passado ( ) quando eu completava 18 anos, aos prantos por estar sem ele.

Depois eu conheci, o tão mencionado aqui no blog Miguel ( ). Eu fiquei encantada com a pureza que esse menino parecia ter, eu o conheci justamente num dia que eu estava na fossa, sem mais nem menos, descobri que ele era uma pessoa próxima a mim e que mesmo assim eu nunca tinha visto. Enfim, parecia tudo perfeito, tudo enviado por Deus para mim. E talvez fui eu quem errou, quem estragou tudo. Mas eu não tenho nenhum pesar na consciência quanto a isso, eu acho que as coisas acontecem quando deve acontecer, e minha relação com Miguel não deveria mesmo acontecer, era apenas um episódio que deveria acontecer na minha vida pra eu aprender, para mais uma vez eu me transformar numa nova mulher.

Eu lutei para trazê-lo para a minha realidade, numa paixão enlouquecida, avassaladora. Ele se aproveitou do meu estado de êxtase, do quanto dependente eu estava dele. Até me emociono ao voltar escrever sobre isso. Quem lê o meu blog sabe que ele me tratou da forma pior que um homem poderia tratar uma mulher. Eu mesmo sendo maltratada, estava obcecada e continuava correndo atrás dele, igual a um cão carente. Até o dia eu que eu ergui a cabeça e tomei a coragem de ser feliz.

Não foi fácil esquecê-lo, foram dias e mais dias fazendo um tratamento. Esse tratamento serviu para me policiar, me controlar, resistir a tentação de ligar pra ele, mandar mensagem, procurá-lo. Depois com o tempo esse tratamento me fez refletir o quanto ele me fazia mal, a analisar que ele era apenas um monstro, um moleque de 19 anos, completamente imaturo. E a cada dia a minha raiva iria aumentando, a raiva por ele ter me tratado como um animal, ter me humilhado, ter me feito sofrer, ter me deixado na fossa, no estado em que eu me encontrava.

Quando estava quase enlouquecendo de raiva. Eu decidi me vingar. Fiz um perfil falso na internet, denegrindo a imagem dele dizendo que ele tinha o pinto pequeno e outras coisas vergonhosas, destruindo a futura relação que ele poderia ter com a menina que ele amava. Eu fui feliz demais ao fazer isso, eu sou feliz demais por ter feito isso. Eu me vinguei. Eu fiz justiça, eu destruí parte da vida dele assim como ele também destruiu parte da minha.

Hoje ele é a pessoa que eu mais odeio nesse mundo. Eu sinto nojo daquela cara cínica, nojenta, do quanto soberbo ele era, do quanto idiota ele era, daquele pinto pequeno e fino, dos beijos sem graça e frios. Para mim, ele é bosta. E nada mais que isso.

Depois, de Miguel, veio Daniel.

Daniel é um gato. O único homem bonito pelo qual fui apaixonada. Herivelton e Miguel eram feios. E Daniel... este é lindo aos meus olhos, grande, forte, um ar de macho, um olhar fogoso, penetrante. A maior atração física que já senti na vida, eu costumo dizer que o que eu senti por ele, e sempre irei sentir é uma atração inexorável.

Na verdade, eu conheci Daniel na mesma época em que conheci Miguel, fiquei balançada pelos dois, em Daniel eu via beleza, esplendor, em Miguel eu via doçura, ternura. Eu escolhi Miguel, e hoje vejo que fiz a escolha errada. Daniel era apaixonado por mim, e eu o desprezei. Quando fui voltar atrás, tentar reparar o erro, era tarde demais, hoje ele não me quer mais.

E hoje me encontro só, assim como no início do texto. E tudo isso é muito triste pra mim. Quando tenho algum problema, algum aborrecimento, me dói não ter alguém para compartilhar a minha vida, um ombro amigo e amante, um alguém pra me ajudar. Eu tenho meu pai e saúde, isso me basta, mas no amor, eu sou muito infeliz.

Hoje eu não sou mais dona da minha loucura, toma em mim o vazio provocado pela solidão.

Mas eu não quero mais sofrer por amor, pela falta de amor, e nem por um alguém que não me merece. Eu não quero mais perder meu tempo com uma coisa tão inútil, amor, amor, que amor, o mundo é falsidade.

Hoje eu irei me mudar, mais que isso, vou me transformar, me tornar uma pessoa mais fria, ainda mais fria do que já me tornei. A partir de hoje eu vou ser a descarada.

Hoje vou dar o máximo de valor ao que eu tenho de melhor, a minha beleza, a minha condição financeira, eu sou muito melhor do que os mortos de fome dos quais já me relacionei. Eu vou dar o devido apreço a minha beleza, a minha cor morena jambo, ao meu corpo perfeito seios volumosos e cintura fina.

Eu vou ser a descarada, vou dar valor a vida cara, e vou amar apenas a quem me convém ($$). Eu vou enfiar o meu coração no mais profundo da obscuridade, mentirei se for preciso, serei desonesta se for preciso. Eu serei mulher de todos e ao mesmo tempo de ninguém. Irei ficar com quem me der vontade, e nunca vou me apaixonar por ninguém.

A partir de hoje, eu serei a descarada.

segunda-feira, fevereiro 13, 2012

Depressão


Querido diário, ter depressão é ter toda a sua energia e estímulo enterrados na sua mágoa e insatisfação, é não conseguir cumprir as suas obrigações devido as suas emoções. Veja o caso de Whitney Houston que teve a sua carreira destruída por problemas pessoais. Deu pra sentir o que é isso? Acho que não, acho que só quem tem depressão entende e compreende o que é isso.

Só quem tem depressão sabe dar valor aos momentos (raros) em que você respira fundo e se sente bem, se sente feliz e realizada, se sente sem cobranças ou frustrações. É como diz o ditado, é preciso conhecer a chuva pra valorizar os dias de sol. Eu respirei fundo e me senti bem quando semana passada consegui estudar para uma prova que não teve, quando consegui fazer muito bem uma prova de bioquímica, quando consegui apresentar um trabalho, quando saí com Heliéser, quando consegui deixar livre um cara após ter recebido um não. É evolução, cara, eu sou muito possessiva e poucas vezes em minha vida abri mão tão fácil das coisas que eu quero, principalmente quando essa coisa é homem, é por isso, que sofri durante tantos anos amores doentios, por isso que muitas vezes eu me humilhei e corri atrás de amores que só me faziam sofrer.

Só quem tem depressão sabe o valor de conseguir manter a sua higiene, tomar banho, escovar os dentes, pentear o cabelo. Estudar todos os dias, trabalhar, cumprir as suas obrigações. Se relacionar com pessoas sem extravasar algum estresse ou pressão interior. É uma barra conseguir se manter assim durante um longo período de tempo.

O que irrita e decepciona a si mesmo durante uma depressão é tentar concertar coisas que não tem concerto, passado é coisa pra deixar guardado, não ser constantemente memorizado; é prometer pra si mesma que agora tudo será diferente, mudar seus hábitos, com o tempo ir relaxando perante o dever de cumprir as suas mudanças e de repente se olhar no espelho e ver que você que continua a mesma.

Tudo ia muito bem, eu estava estudando, realizando com êxito as minha tarefas, ficando com homens interessantes e adorando tudo isso. Quando, de repente, eu vejo que o meu ficante favorito, o meu soberano de todos os deuses, é mais acessível do que notinha de R$2,00, me senti inútil. Me senti mal quando me vi incapaz de fazer uma prova de Operações Unitárias, e tive que descumprir uma regra que eu mesma me impus, mais que isso, quebrar uma promessa que eu havia prometido para mim mesma, que esse período eu não iria desistir de nenhuma matéria, e acabei desistindo mais uma vez, de Operações Unitárias. Me senti na merda quando esse final de semana fui ignorada por todos os meus amigos, ninguém me deu atenção, seja no MSN ou no face, tava todo mundo muito desinteressado quanto a minha pessoa, me senti muito sozinha. E mais sozinha ainda, ao pensar que eu continuo sozinha sabe, sem ter um braço forte masculino para eu encostar a minha cabeça atormentada, que eu não tenho um alguém que eu possa amar, Miguel é um infeliz, Daniel me disse não, e Heliéser é homem de todas. Em pleno domingo, depois de um churrasco com a família, bebida, pessoas, música, eu estava ali num vazio, me sentindo completamente só.

Quase enlouqueci nessa noite de domingo, quando tive a idéia de não me preocupar com mais nada e ir dormir.

Eu não fui fazer a prova de Operações Unitárias que eu tinha hoje, desistindo da matéria. Eu dormi simplesmente durante 13h seguidas. Dormir demais é dos sintomas da depressão. E eu, sei bem o que é isso, a gente dorme numa tentativa de fugir da realidade, não encarar de frente aquilo que te atormenta. Dormi demais, perdi o dia. Não fiz nada.

Sabe qual foi a última vez que eu tomei banho, diário? Ontem (domingo) pela manhã, hoje é segunda (à noite). Eu estou há mais ou menos 36h sem tomar banho. Sem escovar o dente, sem pentear o cabelo, toda desdeixada, parecendo uma mendiga.

E isso não é absurdo, coisa inédita, quem lê, meu diário, sabe que isso acontece freqüentemente.

Mas a depressão é uma doença como a AIDS. Diferente da AIDS nunca vai ser diagnosticada, comprovada, pouquíssimas vezes compreendida por aqueles que te cercam, muitos acham que é frescura ou desinteresse da minha parte. Mas igual a AIDS ela vai existir pra sempre, precisa ser remediada o tempo todo e requer muita paciência de quem dela sofre. Apesar de hoje ter sido igual ao ontem, eu não posso desistir, me dar por vencida, não é porque eu acabei desistindo de uma matéria hoje que eu tenho que pensar sempre vai acontecer a mesma coisa. Deixo essa tarefa para os pessimistas que dizem me odiar, e na verdade, me amam em segredo. Eu vou ser forte, vou encarar a realidade e lutar para que os dias meus dias sejam diferentes.

Hoje eu me comprometo, diante de qualquer situação, tomar o meu banho da manhã, da tarde e da noite; ser mais determinada; não implorar pelo amor de ninguém; não culpar os meus pais pelo meu desastre; não ser grossa com a minha irmã; ter uma hora de relaxamento todos os dias; e não limitar a minha liberdade para satisfazer os meus pais. E também irei procurar ajudar psiquiátrica, necessidade que eu adio faz tempo, por preguiça, sendo que a preguiça também é uma conseqüência da depressão.

Eu não vou viver da tristeza, do vazio, da infelicidade. Vou procurar motivos maiores e mais nobres pra sobreviver.

sábado, fevereiro 11, 2012

Xingando a Pessoa Errada



Querido diário, em meses anteriores eu sofri uma imensa decepção amorosa, eu tive todas as fases, eu chorei, eu sofri, eu morri de ciúmes, eu me esperneei, disse que tudo ia mudar, e me vinguei. Não que eu queira ser má, e nem que eu esteja recomendando isso aqui no blog, mas depois da minha vingança ( vede o poste http://diariodagarotadevariasfaces.blogspot.com/2011/12/justica.html ) a minha vida melhorou muito. Eu enterrei as minhas mágoas, o meu ressentimento, a minha raiva, como se fosse uma limpeza, e estou totalmente renovada, mais forte, mais resistente, mais feliz, mais paciente quando os meus dias não são de rosas. Enfim, depois que eu me vinguei, eu desabafei tudo que estava abafado em mim e hoje sou uma mulher realizada e feliz.

Como vocês bem sabem, depois que eu me relacionei com Miguel, eu fiquei traumatizada, meu libido foi embora, não tinha mais vontade de ficar com homem nenhum, quando eu começava a me relacionar com um homem eu pensava logo no que iria poder acontecer de ruim, e logo abandonava, caia fora. Mas em 2012 tudo mudou!

Agora que eu estou recuperada, meu libido voltou com tudo. Eu estou ficando com vários homens, tô a todo vapor e energia com relacionamentos casuais, e estou provando de ótimos sabores, me deliciando com carne de primeira qualidade.

As minhas noites que antes eram frias agora viraram uma sauna, quanto fogo, que calor! Eu estou sendo aquecida por homens grandes, de braços fortes e desejo interminável!

Porém, você bem sabe, meu querido diário, que eu detesto com todas as minhas forças homem grudento, me torra a paciência. E nos últimos dias eu tava sendo atormentada por um abençoado (para não dizer amaldiçoado) que me ligava umas 10 vezes durante o dia, especialmente a noite, horário em que ele sabe que eu estou em aula. Quando via o número dele, rejeitava a ligação. Ele não se tocava, continuava ligando e meu celular continuava tocando. De repente, desistia. Que desistir? Ele deixava passar um tempo, e me ligava com número privado, para assim eu atendê-lo. Eu atendia, era ele. E geralmente, ainda vinha com um papo: −Advinha quem é? / Que saco!

E quem é esse jumento que te liga tantas vezes durante o dia, Garota de Várias Faces? É um carinha que eu fiquei numa festa há uns 15 dias atrás. Os meus amigos colocaram uma pressão pra eu ficar com ele, logo quando o vi a distância, um colega meu já ficava dizendo: −Ai, Garota de Várias Faces, você vai gostar, ele faz o seu tipo.

E quando vi o menino de perto, puta que pariu, achei ele lindo, claro né, tava bêbada. Sinceramente, eu não lembro quem deu em cima de quem. Só lembro que ele fazia questão de me olhar e fazer caras e bocas como se estivesse vislumbrado com a minha beleza na frente de todo mundo, como se dissesse: −Vou pegar.

E eu porra, achei ele muito gatinho, tinha um corpinho bacana, saradinho, moreno do cabelo liso (imagine, diário, existe espécies dessa no mundo), 19 anos, e o nome dele é Célio.

Não sei nem bem como aconteceu, mas logo eu já estava na calçada da casa dele ficando com ele. Eu tinha gostado do menino a primeira vista, mas cara a cara, na hora do vamo ver eu não gostei. Eu tava morrendo de sono, da cachaça e do fim de festa, ele queria me forçar a fazer coisas que eu não queria, como ficar em pé, e etc. Ao chegar mais perto, ao beijá-lo eu pude sentir o gosto de cigarro na boca dele, eu detesto homem que fuma. Nada contra sabe, quem quiser que se destrua nesse vício, mas homem fumante eu não quero como meu homem.

Ele me falou que conhecia pessoas da minha cidade, pessoas que eu conheço, aí eu brochei mais ainda né, eu já estava ciente de que eu não poderia ter o amasso com Célio do jeito que eu gosto porque ele conhece pessoas da minha cidade. E além do mais, na hora que a gente tava ficando passou um rato enorme na calçada e entrou na casa dele. Você sabe, diário, que eu tenho pavor imenso de rato, e ainda entrou na casa dele e ele não fez nada. Me deu nojo, sinceramente, nojo, do corpo dele, do gosto de cigarro, da pobreza extrema dele, uma casinha velha e ainda com ratazana entrando. E além do mais para completar, ele fazia questão de me dar beijos mais fortes quando os amigos dele passava na rua, e o cumprimentava, odeio homem exibido! E que ainda se exibe as minhas custas!

Enfim, diário, meu amasso com Célio tinha tudo pra ser dos piores, mas até que não foi tão ruim. Tinha horas que ele chupava meu pescoço que eu ia na lua, outras eu beijava a boca dele num beijo bom que nem sentia o gosto do cigarro. Mas o fato de ele ser baixinho, eu sou mais baixa do que ele, porém, de salto eu fiquei mais alta, e você sabe diário, que eu sou fã daqueles homens estilo 1,90. E também o corpo dele, sei lá, ele é só saradinho, e desculpa aê, eu gosto de homem bombado.

Ao ir embora, ele queria meu número de telefone de qualquer jeito. É, claro, nesse momento eu estava com a cabeça completa de juízo e não dei, disse que ele pegava depois com um amigo meu. Falei pra esse meu amigo dá o número errado.

Mas depois... depois de alguns dias, tempo vai, tempo vem, conhecendo alguns homens, e vendo que o tchê re re tchê tchê destes não era tão bom assim. Eu resolvi dar uma chance a Celio, disse ao meu amigo que poderia dar meu número de telefone pra ele. Pra que eu fiz isso?

Desde então o cara liga tanto que incomoda!

Eu que pensava que ainda poderia ter algum caso com ele, desisti quando conheci Heliéser, o dançarino da Calcinha Preta (vede post http://diariodagarotadevariasfaces.blogspot.com/2012/01/se-sentir-amada-e-desejada.html ), o cara é muito bom, eu não tenho do que reclamar estando com Heliéser. (Outro dia, eu falo mais sobre ele, ando sem tempo de postar no blog). Enfim, quando o super gostoso Heliéser apareceu, eu dei um pé na bunda de Celio.

O cara não parava de ligar, e eu disposta a não ficar mais com ele, pensei e pensei numa forma de afastá-lo. Afastá-lo sem dar um fora, sabe, vai que um dia eu precisasse. rs

Na noite de sexta por volta de umas 7h quando ia chegando na instituição onde eu estudo, ele me liga. O mesmo papinho de sempre, com número privado e:

−Advinha quem é?

Eu desliguei o telefone na cara dele, e tive uma idéia. Pedi pra um colega meu atender e dizer que era meu namorado e que ele não ligasse mais.

Porém, o meu amiguinho troteiro se empolgou, e acabou exagerando. Por contradição, a irmã de Celio, da qual eu gosto muito, também atendeu o telefone e meu colega na hora da esculhambação acabou chamando-a de “vagabundinha”. Poxa, isso não era pra ter acontecido.

Não sei dizer se me arrependo do que eu fiz, só sei dizer que as coisas não saíram do jeito que eu planejava.

Celio não ligou mais.

Depois de um tempo mandei uma mensagem dizendo o seguinte:

−Oi, Celio, aqui é a Garota de Várias Faces. Hoje deixei o meu telefone com o menino que eu tô ficando, e saí pra resolver alguns problemas. Quando cheguei, soube que ele tinha atendido ligações suas, ficou com ciúmes e fez grosserias com você. Eu peço desculpas pela atitude dele e lamento a situação.

O estranho de tudo, é que Célio não respondeu. E sabe como é, né, diário, o silêncio é mistério, e o mistério sempre amedronta.

Eu não queria problemas com esse pessoal, gente boa demais, me divirto demais nas festas com eles, mas também não quero esse Célio na minha cola, eu quero é liberdade, me divertir sabe. Hoje acordei meio que com um peso na consciência não por ter mandado meu amigo dar um chega pra lá em Célio, mas por ter chingado Samila, a irmã de Célio. Poxa, eles foram tão legais comigo durante a festa, me receberam tão bem na casa deles, me ofereceram cerveja, vinho, a mãe deles foi até buscar um sandália baixa para mim, para eu tirar o salto, sendo que eu não aceitei porque o salto não estava me incomodando, tanta atenção e infelizmente no trote, meu amigo exagerou e acabou chamando a menina de vagabunda. Eu gosto muito dela, sei que é recíproco, não queria que fosse assim.

E se eu disser que o carinho que eu sinto por ela é um carinho puro, diário, eu estarei mentindo. Na verdade, eu fiquei com o irmão dela, mas o meu sonho de consumo era ela. Linda demais, doce demais, aquele sorriso, aquela pele. Eu tive a oportunidade de beijar o peito dela e dar um selinho na boca dela na frente do namorado dela, sabe como é, diário, curtição de festa e eu aproveitei para tirar uma casquinha. Ela tem namorado, o meu amigo garante que ela é heterossexual, mas sei lá, diário, alguma coisa me diz que ela é bi, alguma coisa diz que o carinho entre nós foi recíproco.

Pedi ao meu amigo que quando os visse, pedisse desculpas por mim pelo acontecido. Sinceramente, não sei se eles vão desculpar não, cara, esse silêncio tá me cheirando a confusão.

Mas também se eles não quiserem me desculpar, eu não tô nem aí, eu não preciso deles pra nada mesmo! ...

sexta-feira, fevereiro 10, 2012

Estudar é Mais Importante



Eu fiz de tudo, mas era tarde, foi o que eu podia dar, você não entendeu, eu quis ir fundo e você com medo, tirou onda...Tem muito tempo na estrada, muito trem e como quem não quer nada você vem depois da onda pesada, a onda zen, é namorar na almofada e dormir bem. Ela toda venenosa de vestido rosa pra me seduzir...

E hoje bem que eu queria, meu querido diário, colocar um vestido rosa e sair seduzindo geral na noite. Hoje foi show na minha cidade de uma das maiores vozes do Brasil, e um dos meus cantores preferidos, só não posso dizer que é o meu preferido, porque este já está bem morto e sepultado há muito tempo, saudoso Tim Maia.

Mas Seu Jorge é sim, um dos maiores talentos brasileiros, canta demais, anima demais, tem o swing. Sou fã número 1, curto demais.

Nunca assisti a nenhum show, quem já assistiu diz que é magnífico. E eu quando soube que teria show dele aqui na cidade, poxa, eu me entusiasmei, acho que até soltei lágrimas dos olhos.

Porém, essa semana eu fui tomada de muitas atividades, pra quem lê meu blog com freqüência sabe que eu estou sumida, e quando eu ando sumida é sinal de que a minha vida está funcionando muito bem. Enfim, tô estudando muito, final de período (acreditem, enquanto algumas instituições estão voltando, a nossa ainda tá acabando), muitas provas, trabalhos e atividades.

E foi justamente por essas atividades que eu tive que abrir mão de assistir o super show do magnâmico Seu Jorge. Pois é, gente, peninha, né. Eu já tinha escolhido a roupa, já tava tudo certo de eu ir com uma amiga minha e dormir na casa dela. Mas eu acabei tendo um trabalho para apresentar na sexta-feira a noite sobre análises gravimétricas, peso de amostras,conservação da massa, enfim, coisas que se eu falar, diário, você não vai entender, e não é te chamando de burro, é apenas enfatizando a especificidade da coisa.

Eu tinha três opções: largar tudo e ir ao show, fazer e apresentar o meu trabalho e ir ao show, me dedicar somente ao meu trabalho. Eu escolhi a última opção, eu jamais poderia largar uma apresentação de trabalho por um show mesmo que fosse da Thalia aqui no Brasil, imagina, estudar é mais importante e poderia me acarretar arrependimento mais tarde. Se eu fosse fazer o meu trabalho e também me preparar para ir ao show, sei bem que não iria dar certo, eu conheço os meus limites, eu tinha que fazer slides, estudar esses slides em menos de 12h, e mesmo assim teria que fazer a sobrancelha, me depilar, escovar cabelo para ir ao show. Decidi abrir mão do show de Seu Jorge e me dedicar aos meus estudos. É um ato que eu espero receber recompensa no futuro.

O bom mesmo é CONCILIAR todas as coisas boas e necessárias da vida, mas quando isso não é possível é preciso PRIORIZAR as coisas mais importantes. Conciliar, na verdade, nunca foi meu forte.

Confesso que no fim da noite bateu uma invejazinha da galera que ia ao show. Mas eu bem conheço os meus limites, estudar é mais importante.

sexta-feira, fevereiro 03, 2012

A Certeza de Um Não ou a Angústia de Um Talvez

Como acabar com a dúvida se deve mudar ou não de emprego?


Querido diário, o que será pior a certeza de um não ou a dúvida de um talvez? Um não despedaça o coração, mas encerra tudo de vez. Um talvez te faz viver na pura ilusão, mas também traz o prazer adocicado de uma doce mentira. Um não te entristece, mas te amadurece. E um talvez, sinceramente, só te faz perder tempo.

Eu tinha certeza que Daniel era louco por mim, poxa, afinal era ele quem me comia com os olhos na universidade, me paquerava descaradamente aonde me via, foi ele que marcou encontro comigo.

Mas de repente o cara sumiu. Começou a adiar o nosso encontro por motivos banais, disse que quando desse pra gente se ver, me avisaria. Esperei sentada, deitada e nada.

Tenho o número de telefone dele, mas nunca tomei a liberdade de ligar. Talvez falta de coragem, evitar ser grudenta, não demonstrar que tô tão afim, enfim, nunca liguei pra ele, e nem me arrependo disso. Mas mandei umas 3 mensagens que ele nunca respondeu.

Eu tenho ou tinha um tesão imenso por Daniel, desejo avassalador, uma atração tão forte quanto uma chuva no temporal. E a cada dia que passava, a presença ausente dele na minha vida me deixava ainda mais atiçada, excitada. Mas o grande problema é que era fogo demais pra ninguém apagar. Já não estava mais podendo conviver com essa situação.

Muitas e muitas vezes eu pensei e analisei, tentei entender o porquê que Daniel sumiu. Às vezes eu pensava que ele tinha muitas mulheres e não tinha tempo pra mim, pensava que ele já tinha percebido que eu tava na dele e ficava fazendo esse joguinho de morde e assopra pra me deixar mais louca, pensava que ele não queria mesmo nada comigo e só me chamou pra sair num momento de carência, cheguei até pensar que ele poderia não ter me chamado mais pra sair por falta de dinheiro.

Eram inúmeras possibilidades, nenhuma correspondência, nem as mensagens que eu enviava, ele respondia.

Essa semana quase enlouqueci de tanto desejo, e o fato de não ter Daniel na minha cama, nas minhas mãos, me estressava. Tão agitada fiquei que nem consegui estudar para uma prova, acabei faltando, adiando para a segunda chamada.

Epa, aí o problema amoroso, já tava se expandindo, atingindo também o meu campo acadêmico. Eu tinha que resolver essa situação. Eu já estava decidida a transar com Daniel em poucos meses se ele me aceitasse, ou tirá-lo de vez da minha vida se ele não me quisesse.

Mas ainda tinha o problema de arranjar coragem para colocar Daniel contra a parede. Poxa, se eu falasse com ele tiraria toda essa história a limpo, iria saber realmente o que ele quer, deixá-lo ciente também do que eu quero, talvez ficaria mais aliviada. Mas com certeza também iria soar ridículo eu ir perguntar a Daniel se ele ainda me quer, fala sério, que mico. E ainda por cima estaria pressionando o rapaz, e nada com pressão presta. E além do mais perguntar o que já estava visível? É claro que ele não me quer.

Ficando quieta, calada, na minha, eu provavelmente estaria me poupando de futuros aborrecimentos, afinal, é melhor calar a boca do que falar merda. Mas se eu não fizesse essa pergunta eu iria continuar na dúvida, na agonia de querer um homem na sua cama que poderia estar lá, mas que por algum motivo não está.

Estufei meu peito de coragem e fui fazer a pergunta a Daniel.

Comecei a conversar outros assuntos com ele, a conversa tava fluindo tão bem que eu quase desistia de fazer essa pergunta decisiva naquele momento. Mas um anjinho me espetou do lado, me ordenando: −Não fuja, Garota de Várias Faces, faça a pergunta!

Eu disse:

−Daniel, eu preciso falar de um assunto muito sério com você.

−Falaê

−É que você disse que a gente ia sair pra se conhecer melhor, e isso tem mais de um mês. Então eu quero saber se você ainda quer alguma coisa.

Mais uma vez ele tentou me enrolar, mas não, diário, eu não permiti.

−Eu já tinha esquecido, quando der eu te falo.

Ele quis fugir da obrigação de dar um não com todas as letras. Mas empurrei ele mais um pouquinho contra a parede.

−Eu não quero saber quando é, Daniel, isso não é o problema. Eu quero saber se você ainda quer, e se quer mesmo, porque nunca mais falou nada, se não quiser, pode falar na boa, é melhor do que eu ficar na dúvida.

Ele me disse o seguinte:

−Sinceramente, nesse momento eu não quero não.

Doeu? Claro que doeu, mas tava doendo bem mais a angústia do talvez do que a certeza desse não.

Perguntei ainda:

−Tem outra pessoa, é? Ou sou eu que não faço o seu tipo?

−Nem uma coisa, nem outra.

−E o que é, então?

−Não é nada.

−Tá bom, eu me conformo muito mais com um não do que com um talvez, obrigada por ter sido sincero, pena que não quis ter sido mais sincero a ponto de me dizer o que foi.

...

...

O motivo eu sei muito bem, estava tão claro quanto a resposta do não. Acontece, que eu não faço muito o tipo dele, e ele me chamou pra sair num momento de carência. Deve tá cheio de gostosas na área, e ele jovem, bobo, não sabe dar conta de todas, e me dispensou assim, sem ao menos experimentar o boquete maravilhoso que eu tinha pra oferecer... só lamento por ele (risos).

Enfim, diário, eu também lamento por nunca saber se aquele volume que ele carrega dentro do short é verdadeiro, nunca saber como é o beijo dele, a presença dele. E sem falar da minha virgindade, eu pretendia perder com ele, já me sentia pronta. Porque eu tinha encontrado um cara em que eu unia afeto e tesão, coisa que aconteceu raras vezes na minha vida, uma com Herivelton há 3 anos atrás, e outra com Miguel há alguns meses atrás. Até quando eu vou carregar esse fardo (sinceramente um fardo) chamado virgindade. E não é só a virgindade de sexo não, é a virgindade de amor, de companhia, de ter e viver um amor verdadeiro. Esse sonho foge de mim.

Mas sei também que é muito melhor não ficar, do que ficar com uma pessoa não te deseja, que está ali por obrigação, por pressão. Eu também não preciso disso, baby, eu preciso de um homem que também goste de mim, me faça sentir amada e desejada, que me satisfaça incansavelmente e não que fique adiando encontro, guardando o fogo na geladeira. Eu não preciso de Daniel, não.

Mas sei também que Daniel é inconstante, que eu sou muito bonita, eu tenho certeza que ele ainda vai me querer, que eu ainda vou seduzi-lo. Basta aí eu ser esperta e agir igualzinho: dispensá-lo sem beijinho, sem encontro, sem chances.